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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

2010, Mais um ano...

Mais um ano chega ao fim. E quantas coisas aconteceram neste período...

Entes queridos nos deixaram, e com muita dor e saudades ficamos, mas novas vidas nos foram abençoadas, nascidas neste ano ou prestes a vir no novo ano. São as gerações que se sucedem como ondas a chegarem à praia da existência.
Houve corações que se separaram, corações que se encontraram, corações que se uniram e corações que se fortificaram no decorrer destes meses. Houve também aqueles encontros rápidos, encontros distantes, encontros virtuais e aqueles bem reais, que se não duraram o suficiente para chegarem a amadurecer, pelo menos arderam o suficiente para marcarem nosso ser.

Foi um ano que, na grande escalada, alguns desceram em busca de respostas perdidas no caminho, outros pararam para descansar e recuperar as forças e outros prosseguiram, focando o topo da grande montanha dos nossos desafios.

E quantos desafios nos foram passados nesses dozes meses! Como seria enfrentá-los sem aquelas pessoas especiais e motivadoras, algumas chatas, severas e idiotas, outras esperançosas, otimistas e irritantemente inocentes, que conseguem trazer tanto estresse e bom humor ao mesmo tempo em que nos impedem de enlouquecer? Com certeza, não seria a mesma coisa. Com certeza, próximas ou distantes, de contato constante ou nem tanto, elas fizeram a diferença na vida de cada um, cada um a seu modo, com seu jeito, consciente ou inconsciente dos seus atos.

E as coisas são assim e a vida é assim. E por mais estranhas e incoerentes que elas pareçam ser, elas estão exatamente como deveriam estar, dentro do plano maior em que nos encontramos. Podem não parecer corretas nem certas, parece existir injustiças e há pouca luz ao nosso redor, mas as letras ainda estão sendo escritas nas linhas tortas. E algumas vezes nem as letras nem as linhas estão tortas, é apenas nosso ponto de vista.

Que nesta época corrida, sendo ou não cristão, sirva para refletir, revisar, renovar seus valores, metas e objetivos. Que o nascer do novo ano traga novas energias e limpeza de corpo e mente, pois todos nós estamos interligados e sempre haverá alguém que depende ou dependerá de você, bem como sempre haverá alguém de quem você depende ou dependerá.

A todos um Natal Próspero e um Ano Novo Inovador.

Meus sinceros abraços,
Alexandre Enobe

12/2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

#193 - Textos Antigos - O que a Vida Significa?

Resgatando textos antigos... e bota antigo nisso, é de 09/09/2005...

Afinal, o que a vida significa?

Esta é uma pergunta simples, mas com respostas variadas. Podemos filosofar em cima disso ou ir direto ao ponto. Podemos, e vamos, morrer sem respostas a respeito disto. Mesmo assim nos questionamos, queremos saber o motivo de estarmos aqui, e se vamos continuar aqui no dia de amanhã. De fato, nada é tão certo quanto a morte, mas a vida... o que ela é na verdade?

O que queremos, quem ou o que desejamos. Chego ao ponto de questionar o que é a felicidade. Ou o que é a morte? O que é existir? Não sei quem disse isto, mas esta pessoa falou que nós só morremos mesmo quando nosso último vestígio desaparece da Terra, e assim não há mais nada no mundo que lembre às próximas gerações que nós existimos. Creio que foi o Pessoa, mas posso estar enganado...

Último vestígio nosso desaparecer... será que isso, para nós, meros mortais, demora? Tudo bem, temos nossa família, amigos. Mas até onde a chama de nossa vida se mantém acessa? Ou será que seremos apenas sinapses de mentes que nunca irão refletir nossa verdadeira alma? Mais questões para uma simples questão sobre a vida.

E outro dia, no trem, um rapaz sentou-se no meu lado e ele não parava de escrever. Não era conto ou poesia, era um texto, algo de sua imaginação? Que fosse, eu sabia que não sentia a liberdade que ele sentia para escrever na presença de outros. Sempre é difícil deixar a mente trabalhar quando você sente que alguém te espia sobre o ombro. Engraçado que isto não acontecia no Canadá...

E lá no exterior foi coincidência eu ter ter me encontrado com a Gabriela, no mesmo trem, vagão, aliás, ela estava do meu lado, uma garota que estudou na mesma universidade que eu estudei? Coincidência ou fatos da vida? Que diabos, voltei a esta questão!

O fato é que não consigo saber decifrar isso, não consigo relacionar a vida, o amor, o ódio, a morte, tudo no sentido da existência. É tudo tão difícil assim? Bom, não ao todo, mas continua sendo difícil de ordenar minhas ideias com todas essas coisas...

domingo, 12 de dezembro de 2010

#192 - Limpeza Virtual

O arquivamento digital hoje é muito fácil e cômodo. Você gosta de algo, precisa deixar um arquivo guardado, salvar um documento, é possível fazer isso por diversos meios: na memória do PC, num pen-drive, CD, DVD, memória externa diversas... mas será que vale a pena deixar salvo tantos arquivos?

Alguns emails antigos estou guardando, como forma de documentação. Outros arquivos digitais podem ser deletados, por não fazer sentido algum deixar na memória do PC, mas e aqueles arquivos que não estão sendo úteis agora mas poderão ser daqui a alguns anos? Ó dúvida cruel...

Estes textos todos, pelo menos, um dia vão ser apagados da net... ou não... :P

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

CINCO MESES

Sabe quando você precisa desabafar com alguém, mas nunca tem esse alguém por perto na hora que precisa, ou não se sente à vontade para se abrir quando se está perto dessa pessoa?

Estes últimos meses eu passei muito por isso...

Lembro da virada no ano. No dia 2 de janeiro eu deixei a casa dos meus pais para voltar para São Paulo por causa do trabalho. E nessa primeira semana minha mãe me comunica que meu pai não conseguia mais andar. Foi o primeiro choque.

Meu pai tinha caído cerca de um mês antes e os exames mostraram uma fissura na coluna. Os médicos, nesse primeiro exame, já queriam internar e fazer a operação, mas o médico que acompanhava meu pai no tratamento da doença de Parkison não aconselhou este procedimento, porque ele já era de idade e uma cirurgia imediata na área da coluna era arriscada demais.

Durante todo final de 2009, apesar da dificuldade, ele ainda caminhava. Mesmo com tratamentos, a coluna foi se deformando, a ponto de atingir um nervo que afetou suas pernas. E foi isso que o fez parar de andar logo na primeira semana de 2010.

Quando eu voltava para casa dos meus pais, durante o mês de janeiro, lembro do meu pai na cadeira de rodas, lembro de procurar uma bomba para encher os pneus da cadeira, e da última vez que conversei com ele em casa, falando para ele se esforçar para tentar levantar sozinho da cadeira e sentar na cama.

Devido o Parkison, ele tinha dificuldades de se levantar e para atividades simples como ir ao banheiro era sempre acompanhado de muito esforço. Muitas vezes ele não conseguia se levantar e acabava fazendo duas necessidades no quarto, onde deixávamos já o urinol. Acrescido ao novo fato de não poder andar, isso o prejudicou ainda mais em todas as tarefas simples.

Lá em casa viviam na época minha mãe e meu irmão. É um sobrado, com o bazar da família, onde os dois trabalham, e deixávamos uma campainha ao lado do meu pai ou de tempo em tempo alguém ia ver como ele estava. Na maior parte do tempo ou ele estava vendo tevê ou estava dormindo.

A necessidade também de ir vê-lo a todo momento não era apenas devido à falta de mobilidade, mas também por causa dos horários dos remédios. Eram cerca de 4 a 5 comprimidos diferentes a cada duas horas, todos contra o Parkison.

Entrou fevereiro. Era quinta-feira, dia 11, meu aniversário, oito da noite. Recebi um telefonema de minha mãe avisando que meu pai fora internado. A internação havia sido no começo da tarde, mas com toda correria só conseguiram me avisar àquela hora. Foi o segundo choque.

Eu estava com alguns amigos, num restaurante japonês. Não sabia o que dizer. Não sabia o que fazer. Não tinha o que falar. Minha mãe apenas passou alguns detalhes do que aconteceu. Pressão baixa. Desmaio. Resgate. Hospital. UTI. Nada mais.

Voltei para casa na sexta-feira e nesse mesmo dia fui para o hospital. Meu pai estava internado na UTI, respiração forçada, monitores cardíacos, pele machucada e arroxeada. Inconsciente. Veio a imagem da minha mãe internada na mesma UTI, anos antes, depois da retirada da pedra da vesícula. Na época ela estava consciente. Agora era meu pai. Inconsciente. Máquinas o mantinham respirando. Terceiro choque.

Um mês na UTI, visitas semanais para ver algum progresso na recuperação. Infecção hospitalar. Sepse. Ninguém conseguia me dizer qual era o problema. Chegou com quadro de desnutrição e teve compulsões. Ninguém me explicava nada. Tudo era entrecortado.

11 de março. Aniversário do meu irmão. Minha mãe me liga e diz que meu pai saiu da UTI. Felicidade temporária. Aumento da preocupação. Na UTI havia cuidados a toda hora, no quarto era apenas algumas vezes. Era preciso ter um acompanhante a toda hora.

Durante a semana, minha mãe ficava no período noturno, e de dia a diarista e a mulher que cuidou da minha avó revezavam como acompanhante. No final de semana, de sábado para domingo, eu ficava no hospital, quase sempre acordado.

Era preciso usar um avental e, toda vez que fosse entrar em contato com meu pai, era preciso usar luvas. Poucas vezes ele ficava consciente, em nenhuma delas conseguiu falar.

Eu fazia massagem em seus pés, mãos e braços. Chamava a enfermeira para retirar o excesso de catarro do pulmão dele pela traqueostomia. Era a aspiração. Ajudei algumas vezes na troca das roupas de cama, da fralda geriátrica, nas visitas das fisioterapeutas. Tentava animar levando meu notebook e colocando músicas de Okinawa. Falava com ele que para ele se recuperar logo, porque seu neto havia nascido e ele tinha que conhecê-lo. Eu buscava ajuda das minhas amigas Rosa e Dyana, da Itália e da Coréia, que eram quem sempre estavam online durante a madrugada. Eu não sabia o que fazer.

As poucas vezes que meu pai acordava eu não sabia se ele estava realmente consciente. Eu segurava suas mãos e ele apertava, mas não sabia se era por reflexo ou porque sabia que eu estava lá. Seu olhar ficava perdido no teto, algumas vezes se encontravam com os meus e ficavam parados, mas não pareciam me reconhecer. Não pareciam me reconhecer.

Médicos iam e vinham. Falavam em melhoras, em infecção, em quadro estável, melhora tímida. Consegui minhas férias. Pegava dois ou três dias para descansar e ficava o resto da semana lá. As férias terminaram. Voltava a ficar nos finais de semana. Isso se repetiu até o mês de julho.

Dia 8 de julho. Quatro da tarde. Estava às voltas com um problema da obra envolvendo projetista, cliente, fiscalizadora. Estava vendo um email que o coordenador da obra havia elaborado e ele queria saber se estava certo aquilo que ele tinha escrito. Meu celular tocou. Vi que era de casa. Era meu irmão. Naquele momento, achei que era para saber se eu ia voltar na sexta de noite ou sábado de manhã. Não. O telefonema não era para fazer uma pergunta. Era para informar. Meu pai tinha falecido.

Me levantei e fiquei olhando a porta da saída e ao redor do escritório. Eu queria subir até a cobertura e gritar. Eu queria sumir dali. Eu queria sentar em algum lugar e ficar cercado de silêncio, para poder entender aquela frase. "Papai morreu..."

Lembro da Flávia, da qualidade da obra, e a Gilvânia, administrativa, me abraçarem, perguntando o que havia, e eu não conseguia falar. Lembro de ter dito baixinho "faleceu". E lembro também que não podia ficar mal. Tinha que ficar forte para estar do lado da família. Quem era eu para ficar daquele jeito? Eu tinha que estar presente para apoiar a todos.

Lembro da Gilvânia me entregando o tíquete para solicitar um táxi. Lembro do fiscalizador da obra aparecer me chamando para falar de mais algum problema, uma ou duas vezes, e eu, no telefone, o ignorei, e a Gilvânia foi explicar a situação. Lembro da Carol, estagiário, não ter entendido o que havia ocorrido. Lembro de pegar o táxi, do trânsito para chegar em casa. Lembro do recado da Rosa via celular, quando eu mandei a notícia. Naquela noite, velei o corpo do meu pai.

Passei a noite ao lado do caixão, junto com o segurança que fazia rondas pela vizinhança. Caixão lacrado porque havia risco de infecção. Depois de tantas noites em claro, aquela seria a última que estaria ao lado do meu pai.

Meus amigos de São Paulo vieram, Muitos deles. Minha mãe e minha tia ficaram felizes por ele terem vindo.

Tantas coisas passaram por minha cabeça. Depois que passei na Unicamp, houve uma noite que acordei por causa de um barulho e fui até o quarto do meu pai, e eu o encontrei caído no chão, desorientado. Dias me perguntando se eu realmente deveria sair de casa para ir para a Unicamp ou ficar em casa cuidando dos meus pais.

Sentimento de culpa. Eu poderia ter feito mais quando estava no hospital. Poderia ter conversado mais, colocado mais músicas, feito mais massagens.

Sentimento de revolta. Não houve nenhuma manifestação por parte do RH da empresa, nenhuma nota de falecimento como eles sempre mandam nessa situação.

Sentimento de alívio. Ele não estava mais sofrendo.

Sentimento de vazio.

Sentimento de fracasso. Quando namorava, não aprensentei ela à família, porque ela não queria ser apresentada assim. Não constituí família antes dele partir. Não tive um filho para com ele sorrir. Não consegui retribuir este amor.

Voltei ao trabalho antes de dar uma semana, porque precisava ocupar minha mente.

Fiz algumas mudanças para cicatrizar a ferida.

Faltava este desabafo.

Hoje faz cinco meses.

A ferida ainda dói.

#190 - Textos do Apê - Lembra-se?

Lembra-se daquele abraço que me prometeu, dos passeios de mãos dadas, dos fins de tarde no parque e dos filmes debaixo das cobertas na sala?

Lembra-se das flores nas datas especiais, dos encontros semanais, telefonemas noturnos e suspiros que não acabavam mais?

Lembra-se dos bichos de pelúcia, de todos os nomes que para eles você criou, de cada recordação e sentimento que eles guardaram, e de cada recado apaixonado que pela casa ficava espalhado?

Lembra-se dos tempos desesperados, das horas de aperto, dos dias corridos e dos amigos esquecidos?

Eu queria lembrar... mas o que você fez... apagou tudo isso do ar...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mudanças

Eita, quanto tempo sem escrever aqui. Muitas coisas aconteceram na minha vida desde a última postagem, na verdade, muitas coisas ruins, mas precisamos ser sempre fortes para prosseguir, não é?

Bom, só passando para avisar que o Apê do Alê vai mudar... fisicamente, claro... tô de mudança, mas como poucas pessoas conhecem o Apê, isso não vai fazer muita diferença... ^^

Por hora é isso...

Abraços

terça-feira, 8 de junho de 2010

Chaves - O Fim

Isso eu devia postar no EntreImagens, mas faço aqui mesmo...

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CHAVES

EPISÓDIO FINAL
FADE IN
(CHAVES ENTRA PULANDO CORDA)
Chaves: Vinte e três, vinte e quatro, vinte e cinco, vinte e seis...
(SEU MADRUGA SAI DE CASA E FICA PRESO NA CORDA DO CHAVES)
Chaves: Vinte e seis... vinte e seis...
Madruga: Tinha que ser o CHAVES de novo!
Chaves: Foi sem querer querendo!
Madruga: (IMITANDO CHAVES) Foi sem querer querendo... Sai da frente!

(EMPURRA CHAVES, VAI EM DIREÇÃO À PORTA DE DONA FLORINDA)
(MADRUGA BATE NA PORTA, KIKO ABRE)
Madruga: Kiko, faça o favor de chamar sua mãe.
Kiko: Da parte de quem?
Madruga: Ora, como da parte de quem, da minha!
Kiko: Minha mamãe não está, ela saiu com o professor Girafales.

(KIKO APONTA PARA A SAÍDA DA VILA) Mas olha, ali vem ela...
(FLORINDA E GIRAFALES ENTRAM JUNTOS, UM OLHANDO PARA O OUTRO)

Madruga: Com licensinha, com licensinha... (SE APROXIMA DE FLORINDA). Dona Florinda, preciso falar com a senhora urgentemente.
Florinda: Mas o que é que esta gentalha quer justo agora?
Madruga: É justamente isso, Dona Florinda. Estou cansado. Cansado de ser espancado pela senhora. Cansado de ser tratado como lixo. Cansado de receber bofetadas que não mereço. Eu não sou gentalha. A senhora é gentalha. Minha vida se tornou um inferno. A culpa é sua, dona Florinda. A senhora vai pagar com a vida, Florinda. Com a vida!

(MADRUGA SACA UMA ARMA)
(KIKO VOA EM DIREÇÃO À ARMA, USANDO CHROMA KEY)
Kiko: Nããão!!
(MADRUGA DISPARA. KIKO SALVA FLORINDA MAS É ATINGIDO PELA BALA)
Florinda: Tesouro!! (FLORINDA E GIRAFALES TENTAM ANIMAR KIKO, QUE SANGRA SEM PARAR NO CHÃO)
Madruga: Foi... Foi um acidente... Eu não queria matar o garoto! Eu.. Eu juro! Não posso mais viver nesse mundo cruel! A morte me espera! (MADRUGA ATIRA CONTRA A PRÓPRIA CABEÇA, O CRÂNIO EXPLODE, CÉREBRO E SANGUE JORRAM SOBRE O PÁTIO DA VILA)

Kiko: (MORRENDO) Eu... Consegui... Salvá-la... Seja... Feliz... Mamãe... (MORRE)
Florinda: (EM PRANTOS) Nãããão!!! Por que, Senhor?! Por que me amaldiçoaste com essa desgraça!? Primeiro meu marido, agora meu filho! Tudo culpa dessa... dessa gentalha! (INSANA, SALIVANDO, CHUTANDO O CADÁVER DE MADRUGA) Gentalha... Gentalha! Pfft!

Girafales: (ACALMANDO FLORINDA) Acalme-se dona Florinda, não podemos fazer nada. Só nos resta jogar os corpos no poço do outro pátio... Antes que o seu Barriga chegue.
(SENHOR BARRIGA APARECE)
Barriga: Tarde demais. Já estou aqui. E pude ver tudo. Eu sabia que um dia isso aconteceria. Eu percebi que as pessoas dessa vila eram como bombas-relógio emocionais, e que mais cedo ou mais tarde a bomba iria explodir, e o sangue dos inocentes iria jorrar. Eu liguei para a polícia, eles estarão aqui em breve.
(CHIQUINHA APARECE)
Chiquinha: Ei Chaves, vamos brincar de barquinhos de papel? Eu tenho um bar... Senhor misericordioso, esse cadáver... Chavinho... Esse cadáver é do meu papai?
Chaves: (BALANÇANDO A CABEÇA DIZENDO NÃO) Sim.
(CHIQUINHA COMEÇA A CHORAR)
Chiquinha: Uáááá, uáááá... Eu... Vou... Contar tudo... Pra minha bisavô... Vou falar... Que me bateram... E que me chutaram... E que explodiram a cabeça do meu papai... E que me deixaram órfã! (CHORANDO MAIS AINDA)
(DONA CLOTILDE SAI DE SUA CASA PELA JANELA. SEU CORPO ESTÁ EM CHAMAS)
Clotilde: Acidente! Acidente doméstico! Fogo! Fogo! Queimando minha carne! Me ajudem!
(CLOTILDE MORRE CARBONIZADA EM PÉ MESMO. NINGUÉM NEM OLHA PARA LA)
(A POLÍCIA CHEGA)

Barriga: Finalmente vocês chegaram. Levem todos. Todos, menos aquele ali (APONTA PARA CHAVES), ele não tem culpa de nada.
(A POLÍCIA, INTERPRETADA POR FIGURANTES DA ESCOLINHA, LEVA TODOS COM EXCESSÃO DE CHAVES)
(BARRIGA ESTÁ SOZINHO COM CHAVES)
Barriga: Chaves... Eu... Eu não sei como lhe dizer isso... Eu estava esperando o melhor momento para lhe contar... Mas agora não vai mais fazer diferença... O seu Madruga... O seu Madruga é seu verdadeiro pai.
(MÚSICA TRISTE NO FUNDO. UMA LÁGRIMA CAI PELO ROSTO DE CHAVES, QUE NADA FALA)
Barriga: Seu Madruga nunca tinha dinheiro para me pagar porque ele me pagava para eu deixar você viver na vila... Ele pedia para que eu não contasse nada a você... Ele se deliciava torturando você... Deixando você passar fome e frio... Aquele monstro, fazendo isso com o próprio filho... Eu... Sinto muito Chavinho. Você não pode ficar mais na vila. Vou demolir esse lugar para construir um bordel.
(A ILUMINAÇÃO DIMINUI. A MÚSICA TRISTE AUMENTA. CHAVES PEGA UMA TROUXINHA E COMEÇA A ANDAR DE CABEÇA BAIXA PARA FORA DA VILA)
Barriga: Ei Chaves... Até a vista, Chaves...
(CHAVES SE DESPEDE ABRINDO E FECHANDO A MÃO, E VAI EMBORA)
(BARRIGA DEITA-SE NO CHÃO E COMEÇA A CHORAR)
Barriga: O que foi que fiz... A ganância me corrompeu e fez de mim esse homem mesquinho e sem honra que sou hoje... O mundo seria melhor se eu não existisse... Ó Deus, mata-me!
(UMA PEDRA DE ISOPOR CAI DO CÉU SOBRE SEU BARRIGA. MUITO SANGUE SAI DE SUA BOCA)
Barriga: Fui... Atingido... Por... Um meteoro! (MORRE)

Apenas a voz do seu Madruga: AEROLITO!

(CLAQUE DE RISADAS. APLAUSOS.)

FADE OUT

FIM

sábado, 1 de maio de 2010

#187 - Séries - CHIPS

Série dos patrulhadores da Califórnia. Alguém aí sabe que CHIPS significa California HIghway PatrolS?

sexta-feira, 30 de abril de 2010

#186 - Séries- Shazan

Hoje estava almoçando com o pessoal do trabalho e veio à tona alguns temas sobre séries antigas. Isso me levou a ideia de postar sobre algumas delas (já que continuo sem saber sobre o que escrever aqui...).

Shazam: o Capitão Marvel, super herói da DC Comics (a mesma editora do Super Homem). Um garoto órfão que, ao falar a palavra shazam (iniciais de Salomão, Hércules, Atlas, Zeus, Aquiles e Mercúrio) o torna no "homem mais forte e poderoso do mundo". Comentário interessante que li outro dia: por que o garoto estilo menudo vira um cara estilo tron?

Para os nerds, digo, fãs em quadrilhos, o melhor embate é sempre entre Capitão Marvel e o Super Homem. Afinal, é o terráqueo mais forte do mundo contra o kriptoniano mais forte do mundo. O que me leva a pergunta: quem leva numa luta do Super Homem contra o He-man???

Segue link com um episódio do Shazam.

www.youtube.com/watch?v=RaZ8L5jHIxs&feature=fvw

domingo, 25 de abril de 2010

#185 - Reciclagem de Animações

Montagem mostrando as "coincidências" entre os desenhos da Disney... até que é interessante...

http://www.youtube.com/watch?v=vh84g8rC2oA&feature=player_embedded

sábado, 24 de abril de 2010

#184 - Série Copa 2002 - Final

A muralha contou vantagem
Num chute, um erro,
Num chute, o gol.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

#183 - Série Copa 2002 - Semifinal

O gol foi legal
Mas valeu mais
A perseguição real!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

#182 - Série Copa 2002 - Quartas de Final

Bom jogo com zaga que assusta,
Ataque que corrige
E gol de cobertura.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

#181 - Série Copa 2002 - Oitavas de Final

Que sufoco aguentar
O time que não joga
E o locutor que não silencia.

terça-feira, 20 de abril de 2010

#180 - Série Copa 2002 - Segunda e Terceira Partidas

O ataque funciona
A defesa preocupa,
Os rivais no avião,
Feliz está o coração.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

#179 - Série Copa 2002 - Primeira Partida

Santa zaga!
Acordamos cedo e essa falha?
Santo juiz!
Alguém pra deixar o país feliz!!

domingo, 18 de abril de 2010

#178 - Natal, Natal

Resgatando Velhos Textos 4

Natal, Natal,
Que droga de Natal!
Não quero nenhum cartão,
Presente, festa ou comida,
Só quero alegria
Ao meu coração.
Natal, Natal,
Que droga de Natal!
Se alegria é algo que não existe
O que haverá de existir?
Natal, Natal,
Cansativo Natal!
Celebrar algo de importância
Num mundo que não dá valor?
Natal,. Natal,
Cansativo Natal!
Vende-se felicidade na esquina
E em qualquer comercial.
23/12/2002

sexta-feira, 16 de abril de 2010

#177 - O que a Vida Significa?

Resgatando velhos textos 3

Afinal, o que a vida significa?

Esta é uma pergunta simples, mas com respostas variadas. Podemos filosofar em cima disso ou ir direto ao ponto. Podemos, e vamos, morrer sem respostas a respeito disso. Mesmo assim nos questionamos, queremos saber o motivo de estarmos aqui, e se vamos continuar aqui no dia de amanhã. De fato, nada é tão certo quanto a morte, mas a vida... o que ela é na verdade?

O que queremos, quem ou o que desejamos. Chego ao ponto de questionar o que é a felicidade. Ou o que é a morte? o que é existir? Não sei quem disse isso, mas o recado foi que só morremos mesmo quando nosso último vestígio desaparece da Terra, quando não há mais nada no mundo que lembre nossa existência para as próximas gerações. Será que foi Pessoa quem disse isso?

Último vestígio nosso desaparecer... será que isso, para nós, meros mortais, demora? Tudo bem, temos nossa família, amigos. Mas até onde a chama de nossa vida se mantém acesa? Ou será que seremos apenas sinapses de mentes que nunca irão refletir a nossa verdadeira alma? Mais questões para uma simples questão sobre a vida.

E outro dia, no trem, um rapaz sentou-se no meu lado e ele não parava de escrever. Não er carta ou poesia, era um texto, algo de sua imaginação? Que fosse, eu sabia que não sentia a liberdade que ele sentia para escrever na presença dos outros. Sempre é difícil deixar a mente trabalhar quando você sente que alguém te espiona sob seu ombro. Engraçado que isto não aconteceu no Canadá...

E lá no exterior, foi coincidência eu ter me encontrado com a Gabriela, no mesmo trem, vagão, aliás, ela estava do meu lado, uma garota que estudou na mesma universidade que eu estudei? Coincidências ou fatos da vida? Que diabos, voltei a esta questão!

O fato é que não consigo saber decifrar isso, não consigo relacionar a vida, o amor, o ódio, a morte, tudo no sentido da existência. É tudo tão difícil assim? Bom, não ao todo, mas continua sendo difícil de ordenar minhas ideias com todas essas coisas...

No fundo, nem sei o que é que estou escrevendo aqui...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

#176 - Resgatando velhos textos 2

Por que temos que correr contra o tempo?
Por que temos que crescer?
Será que não podemos realmente viver
Sem nos matar nas coisas para aprender
A sobreviver?
Queremos voltar a sermos jovens,
Queremos mais tempo sem preocupação.
Conversas com amigos,
Aventuras na noite
O que há de errado na vida adulta?
Será correta, não estará sobrecarregada?
Quál é o modo? Qual é a saída?
Teremos tempo, somos imperfeitos?
Não adianta fugir,
Só não se deixe matar.
Sonhos são necessidades,
Guarde um naquele cofre de sete chaves,
E não se esqueça, não se arrependa,
Nada é tão tarde
Mas aprenda a hora certa.

terça-feira, 13 de abril de 2010

#175 - Resgatando velhos textos

Um vasto campo estrelado se abriu:
Não havia mais noite.
Eu ali não estava
Mas tudo podia enxergar
E não era dia,
Não havia luz alguma,
Só estrelas longíncuas,
Só minha consciência.
Estava sozinho,
Estava quieto.
Algo soava,
Algo apertava,
Estava ausente,
Era onipresente,
Não havia tempo,
Tudo se fechou.
A cortina da vida
Cobriu a janela
E vi o adesino no vidro
"Volte ao chão porque a queda é grande"
Então acordei antes que o metafísico
Pudesse desvendar.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

#174 - Noite de Inverno

Leve penumbra no céu azulado
Escurecendo as montanhas isoladas
Com o branco gélido e incerto
Para o amanhecer refletir
E nossas almas acalmar.

14/01/2004

domingo, 7 de março de 2010

Conversa de Apê - Coisas de TV

E eu aqui, em pleno domingo, televisão ligada, um programa falando sobre lendas urbanas, sobre o ladrão de órgãos. A pior parte é dizer que o "ladrão" envia um programa que mostra onde a vítima mora e também faz com que ela desmaie devido aos efeitos de luzes da tela... pior que tem gente que acha que muitas dessas coisas são verdades (a verdade pode ser manipulada de um monte de formas) e fica espalhando tudo por aí...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Lua Cheia

E ontem, voltando para casa, a lua estava bem cheia. Pena que não tenha com quem compartilhar isso... pelo menos tenho vocês para contar isto... :P

Falando sério, às vezes é bom parar um pouco com as coisas que fazemos para repararmos nas belezas que nos cercam.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Conversas do Apê - Camisinhas

E eu lembro que lá pelos anos 90 (quando a gente começa a falar assim é porque estamos ficando velhos... :P) o papo de transar com camisinha era igual a chupar bala com papel. Lembro que era isso o que todos diziam, ou pelo menos era o que todos pensavam.

Vem ano, vai ano, aumentam as campanhas, as abordagens são diferentes, aparecem camisinhas de cores e sabores diferentes, texturas diversas, formatos estranhos. E, se antes parecia que as pessoas nunca queriam usar, hoje em dia parece normal usar num relacionamento ocasional. Ou é o que às vezes percebo.

A camisinha não só é um meio contraceptivo como também evita a contaminação por outras doenças. Pelo que converso com meus amigos, o seu uso é bem dissemidado, porém para aquelas pessoas que já têm um relacionamento mais sério, parece que nem querem saber de usar. Bem, cada um na sua.

Só não sei até onde vai essa criatividade com os nomes e efeitos dos fabricantes de camisinha...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sonhos Estranhos

Semana passada eu realmente tive um sonho muito estranho. Parecia primeiro que tinha entrado no mundo de quadrinhos da turma da Mônica, só por causa do jeitão de desenho animado. Depois, entrei numa fila em que todos deviam passar por uma porta pequena, um tipo de porta que selecionava as pessoas. Eu passei, meio que apertado, po essa porta, e só então notei que eu era ligeiramente maior que todas as outras pessoas. Mas não maior devido a altura. Todas as outras pareciam... miniaturas.

Do outro lado da porta, uma espécie de lua branca no céu levava todas aquelas pessoas, e uma grande figura iluminada abraçava o horizonte, com um sorriso enorme, dando boas vindas a todas aquelas pessoas. Mas...

Talvez por todas as outras serem miniaturas ou por eu ser gigante, não sei como eu podia ver acima de todas as outras pessoas, e percebi que aquela lua branca que engolia a todos possuia uma faixa em sua parte mais alta, algo como "bem vindo ao paraíso", porém essa faixa estava descolando e pude ler perfeitamente o que estava escrito abaixo dela: "Lúcifer".

Gritei para as pessoas que aquilo era uma enganação, que eles não estavam indo para o céu e sim para o inferno, e a grande figura iluminada na verdade era o próprio capeta disfarçado, abocanhando as almas.

E foi só.

Sonho estranho.

Pior no começo da semana que o número da minha comanda no restaurante foi 666...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Conversas no Apê - O fim do mundo

Essas conversas de email que acabam virando conversas de bar... resumido para não ocupar muito texto.

Satan envia o link - http://www.tempofinal.com/ultimahora.htm

Pires comenta com frase retirada do link, suspeitando de Satan -

"Parabéns pelo seu trabalho e continue em seu propósito de levar a verdade à todas as pessoas. Se alguém não gostar desse fantástico material, é porque infelizmente está sendo conduzindo pelo engano de Satanás"

Tomé questiona se Xuxa está envolvida.

Capiau comenta que música, tocada ao contrário, faz referência ao número 666.

Tomé replica - se tocar Xuxa ao contrário, vira um Iron Maiden, e se tocar um Iron Maiden,vira uma Xuxa??

Satan termina - vou ver o Xou da Xuxa de costas, vai ser o equivalente a ver o show do Iron Maiden.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Momento de Reflexão - enviado pela Rúbia

Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando. O mestre tentou tirá-lo novamente e outra vez o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:


-Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo? O mestre respondeu:
-A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.


Então, com a ajuda de uma folha, o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida, e continuou:
-Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções.

Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Quando a vida te apresentar mil razões para chorar, mostre- lhe que tens mil e uma razões pelas quais sorrir.

Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você.
E o que os outros pensam… é problema deles!!!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Quidam

De um email que recebi:

Quidam é um passante anônimo, uma figura solitária na esquina de uma rua, alguém que passa com pressa. Alguém que vem, alguém que vai, que vive na sociedade anônima. Aquele que, dentro de todos nós, grita, canta e sonha.

Quidam somos todos nós então?

PS. Isso é do Cirque du Soleil