A chuva cai, molha a gente, deixa aquela sensação desconfortável de roupa molhada grudando ao corpo, assemelhando-se a algo melado que gruda e não desgruda mais. Baixamos a cabeça para andar melhor, pois as gotas não encontram nossos olhos deste modo. Mas, ao fazermos isso, parece que nos curvamos à sua majestade, às nuvens, às suas gotas, ao seu mero espetáculo de fazer chover.
Não sou feito de açúcar nem sal para ter medo da chuva. Mas ela trás medo. Ela trás parte da poluição do ar para a terra. Ela nos esfria, esquenta no nosso corpo, nos adoece. Ela trás a enchente. Ela derruba barrancos. Tenha medo da chuva.
Mas não é a chuva a responsável por tudo isso, não...
A chuva lava o ar da poluição que o carro provoca...
Ela pode nos adoecer, mas aí uma hora você vai se lembrar de sua mãe avisando para levar o guarda chuva...
Todos ficam em estado de alerta por causa das enchentes, mas não é a chuva a culpada, é quem joga lixo nos rios, nas ruas, é culpa de quem fez a cidade crescer e não deu nenhum destino às águas das chuvas, que não deixou nem um pedaço de verde e terra para ela ser absorvida pelo solo.
Ela não tem culpa das pessoas desmatarem os barracos, de permitirem a erosão. Não.
Tenha medo de si mesmo.
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