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sábado, 1 de agosto de 2009

Poemas do Apê - Olhos Cerrados

Olhos Cerrados

Teus lábios procuro
Com olhos cerrados
Na luz do luar.
Tuas mãos, onde estão?
Percorrem, perdidos,
Meu corpo por inteiro
Em busca do amar.
Teus seios, dois montes
De Vênus perfeito,
Num toque, um gemido,
Calado no beijo
Quando teus lábios encontrei.
Carnuda e macia,
Tua boca na minha,
Palavras em gestos transformei.
Minhas mãos nervosas
Às tuas costas
Não sabem como agir.
O zíper, esse maldito,
Teima em não abrir.
Nos profundos suspiros
O abraço de não nos separar.
Nos teus duros mamilos depositei
Um beijo que te fez delirar.
Com olhos cerrados
Sinto teu sorriso
Quando o correr do zíper
Finalmente se fez escutar.
Respiração nervosa,
Coração a agitar.
Nossas roupas já tiradas
Espalhadas pela casa
Dão apenas um ar de graça
Ao sentido de amar.
No clímax final
Os lábios não quiseram se separar.
Continuavam unidos
E mesmo separados
Os beijos continuavam a rolar.
Na tua pele delicada,
Macia e perfumada,
A minha, áspera e maltratada,
Deitada esperava
Do teu sono acordar.
Amanhã, quem sabe,
Uma nova aventura
Está a nos esperar!
Cerrarei meus olhos
Para teus lábios encontrar
Nesta primeira vez
Em que sentimos o amar!
Mas outro dia, quem sabe,
Voltemos a nos cruzar
E uma continuação desta noite
Talvez possamos criar.

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