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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sem nexo

Tudo o que eu queria era apenas um abraço, um carinho, um olhar, uma atenção, mesmo uma bronca, um palavra de fim, ou não. Mas não houve nada.
Pode o coração sofrer maior dor que essa, um apagar da existência como se nunca tivesse algo? Pode a alma humana ter sempre a sina de ter que mostrar que não sofre quando na verdade está em pedaços? E por que mostrar-se deteriorado se nenhuma palavra, gesto ou ação fará diferença, que tudo foi feito apenas para que isso acontecesse?
Não é apenas confusão que reina nesta mente, não é apenas dor que espalha pelo peito. É algo que não se explica, pois quem a vive sabe bem o que quero dizer.
Mas...
Negar-se a um simples abraço...
Às vezes discutem a razão dos meus modos, ao mesmo tempo em que vão jogando as sementes daquilo que me tornou assim. Às vezes matam as plantas que outros plantaram e perguntam porque não aprendemos nada com o que se passou. Já vejo, tudo se foi, o vento soprou, levou embora, apenas um fio restou.
Não encontrei nada.
Não encontrei nem mesmo motivos para fazer alguém rir.
Nem mesmo motivos para eu rir.
Nada.
O que foi? O que você quer? Por que me tortura? São fantasmas que às vezes aparecem e me assombram, dizendo coisas simples que ferem mortalmente, coisas sem importância que parecem pesar toneladas em meu peito.
Querem-me longe, querem-me distante. Por que eu devo dizer que não posso fazer isso? Por que sempre dizem as mesmas coisas? Porque isso está sempre assim.
E desde modo sempre brigo com uma maneira própria e ignoro algumas estradas: nem todas são importantes para nós mesmos.
Tratem de esquecer isto.

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